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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

AVERSÃO AO NOVO ENEM


Há gente insinuando por aí que o ENEM é bobagem, é fraude, é falha do governo. Há gente dizendo por aí que está tudo errado. Tem gente dizendo por aí que o fato de somente 22 das 55 universidades federais do Brasil terem aceito a oferta de dinheiro do governo em troca de aderir ao ENEM só serve para informar-nos que, no momento, existem somente 33 reitores de universidades federais que ainda pensam neste Brasil. Diz-se que agora gente de todo o país vai roubar vagas dos sulistas, mas também diz-se que, a partir dessa mudança em muitos vestibulares, a entrada dos bons alunos vai ser facilitada. Há dois lados, sempre há. Entretanto, o novo ENEM é uma prova nunca feita antes, é uma mistura de ENEM e Vestibular, é uma coisa nova. Suas questões podem apresentar ( e alguns exemplos já apresentam ) teorias de raciocínios nunca vistos em sala de aula, que se espera que se possua previamente. Isso é que está errado. Preparar-se para uma surpresa é o que não deveria acontecer. Os alertas estão sendo dados, exemplos de questões e textos informativos estão chegando, mas muitas universidades aderiram ao ENEM quase no meio do ano, e esse é em outubro. Mal temos meio ano para a preparação, e que aluno irá ao ENEM consciente de sua capacidade de gabaritá-lo? Nenhum.

Os adolescentes nem sabem mais o que dizer do ENEM. São tantas bocas falando coisas e coisas para todos os lados; palestrantes, professores, colegas, pais, educadores. 180 questões em dois dias. Duas tardes inteiras de concentração massante. No segundo dia, redação! Resposta à correção somente após a inscrição no Vestiba, no qual, nós aqui do Sul, que queremos tentar a UFRGS, teremos que dizer se queremos ou não incluir a nota do nosso ENEM. Questões nunca antes vistas! Estudos redirecionados por um novo estilo de prova, criado agora, novidade, nunca feito por ninguém. Imposição desse novo ENEM, de repente, sobressaltando todos os envolvidos em instituições de um momento para outro, estudantes, professores, reitores e todos que desejam cursar uma universidade. Bem, é isso aí, para todos os professores, acostumados a treinar os alunos para um vestibular específico, o modo de ensino tem que ser modificado de um momento para outro? Meio ano para os alunos que agora estão no terceiro ano do ensino médio (infelizes sejam) mudarem o destino dos estudos que tiveram durante todo o médio e tentarem preparar-se para outro tipo de prova? Então, como diz o professor Régis Gonzaga, um dos diretores e sócios-fundadores do Ensino Preparatório Pré-Vestibular e Fundador do Projeto Vida Urgente, fiel defensor da permanência dos vestibulares como estão e radical contra a instalação do ENEM nas universidades:"VIVA AO ENEM"!


Por: Elisa Deler

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